|
|
|
Simon: "Fui o único governador a reduzir a dívida sem cortar investimentos"
No debate da Rádio Guaíba realizado na tarde desta segunda-feira, 15, o senador Pedro Simon afirmou que todas as mudanças necessárias para o País virão da voz das ruas, especialmente por parte da juventude. Exemplificou que o julgamento do Mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a instituição da Lei da Ficha Limpa foram adiante por mobilização popular.
Declarou que está comprometido com estas mudanças e suas causas no Senado continuarão sendo a liberdade, a justiça e as profundas reformas que o Brasil necessita. Em suas considerações finais garantiu que está nesta caminhada porque acredita que o Brasil vive um dos momentos mais importantes de toda a sua história. Questionado pelo candidato Ciro Machado (PMN) sobre a reforma política e o seu apoio à Marina Silva na disputa presidencial, Simon – discípulo de Alberto Pasqualini – enfatizou que nos seus 65 anos de vida pública esteve de braços dados com a sociedade na luta pelas transformações necessárias. Defendeu a criação de uma Assembleia Nacional Constituinte para debater a reforma política. Recordou que a verticalização das alianças foi discutida e não aprovada pelo Congresso Nacional. “Infelizmente não vejo perspectivas no atual Congresso, por isso é tão importante a mobilização popular e uma assembleia com essa temática. Quero ser o senador destas reformas”, observou. Mais sobre reformas O candidato Lasier Martins (PDT) questionou o senador sobre o motivo pelo qual as reformas não avançaram no Congresso. Ao fazer a pergunta, disse que há 30 anos havia recebido convite do senador para participar da política. Categórico, Simon respondeu: “Se você tivesse entrado antes, quem sabe não teria me ajudado nesta árdua luta de anos?”, e arrematou: “Neste tempo todo eu estive lá em constante combate”. Impiedoso defensor da participação popular no avanço das reformas, o senador disse que o julgamento do Mensalão e a aprovação da Lei da Ficha Limpa são as duas maiores vitórias que presenciou em toda a sua atuação. “Nestes casos a vontade popular prevaleceu e eu estive lá para ajudar a garanti-las”, justificou. Apoio à Marina Sobre o seu apoio à Marina Silva e Beto Albuquerque na disputa presidencial disse que o faz pela convicção que tem no sucesso deste projeto para o desenvolvimento do Brasil. Garantiu que eles farão um novo governo, com novas ideias, e iniciarão a jornada para acabar com a atual “governabilidade”, acabando com a política do “toma lá, dá cá”. Dívida do RS “Fui o único governador do Rio Grande do Sul que se tem notícia a reduzir a dívida do Estado e sem cortar investimentos”, afirmou o senador Pedro Simon em resposta a Olívio Dutra (PT), sobre a dívida pública. Quando governador, Simon diminuiu a dívida em 16%, passando de R$ 21 bilhões para R$ 18 bilhões. Ainda assim, investiu pesado em programas sociais e em estradas. Por exemplo, duplicou a malha rodoviária, construindo 2,3 mil quilômetros de estradas, incluindo 350 quilômetros federais pagas pelo Rio Grande do Sul. Novo pacto federativo Simon defendeu uma mudança nas relações entre a União, os estados e os municípios. "O atual pacto federativo está esgotado. Precisamos mudar para que o Rio Grande possa receber os investimentos a que tem direito", afirmou. Educação Ao ser perguntado pelo senador Pedro Simon sobre o tema Educação, o candidato Ciro Machado (PMN) disse ser uma honra estar concorrendo com o peemedebista. Concordou com o senador de que são necessárias reformas urgentes para o País e de independência do Legislativo. Simon sustentou ser impossível continuar com um governo que administre por meio de medidas provisórias. “Necessitamos de reformas imediatas para avançar”, insistiu Simon, inclusive na educação. Desenvolvimento Em resposta sobre o tema Desenvolvimento à candidata Simone Leite (PP), o senador defendeu que deve haver financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para médias e pequenas empresas. Ainda sustentou que a União não pode cobrar do RS 13% de juros da dívida pública enquanto oferece empréstimos à iniciativa privada, como a Eike Batista, num percentual de apenas 3%. |
|
|