A situação financeira do Estado e a necessidade urgente de controlar o déficit orçamentário ganharam destaque no debate entre os candidatos a governador realizado pela Rádio Guaíba na última quinta-feira, 24, no Estúdio Cristal. José Ivo Sartori (PMDB) adotou uma postura propositiva e evitou embates e críticas aos concorrentes ou a gestões passadas. Na apresentação inicial dos postulantes ao Palácio Piratini, Sartori lembrou que tem 36 anos de carreira pública ininterrupta, sem qualquer acusação que possa manchar o seu currículo.
Dividido em seis blocos e coordenado pelo jornalista Juremir Machado da Silva, o debate durou mais de duas horas. Sartori abriu o segundo bloco, questionando a candidata do PP sobre gestão pública. Em sua réplica, referiu-se ao fato de o Estado e os municípios pagarem a conta pelo excesso de centralização de recursos pela União. “O Estado é penalizado nas suas finanças e remete quase tudo o que arrecada para o governo federal. Se não houver uma repactuação, os municípios continuarão tendo dificuldades”, apontou.
Nos blocos intermediários, Sartori foi questionado pelos demais candidatos. Sobre o tema segurança pública, defendeu maior integração entre os órgãos responsáveis pelo setor. “Todos já achamos quase natural essa violência. A impunidade está em todos os lugares. É preciso que os órgãos de governo trabalhem integradamente para evitar desperdício e falta de qualidade dos serviços. É preciso também melhorar o efetivo policial e educar a sociedade”, afirmou. Com relação à saúde, Sartori ressaltou que, durante sua gestão como prefeito de Caxias do Sul, o município atingiu o menor índice de mortalidade infantil de sua história. Acrescentou que esse resultado foi “fruto não só de investimentos, mas também de trabalho e gestão”.
No final, o candidato peemedebista enfatizou a necessidade de propostas sérias e com responsabilidade para o Estado. Disse também que é preciso que se pratique a boa política, sem ataques ou desqualificação de ações partidárias. “A maioria das pessoas coloca sempre a culpa nos outros. Precisamos trabalhar para o bem do Estado. O governo não é patrimônio de um partido ou organização política. Pertence a todos. Vamos caminhar rumo ao futuro, com passos seguros e firmes e, se possível, com a unidade de todos”, concluiu.